Doenças

CONHECENDO A ESQUIZOFRENIA

DOENÇAS

Não existe uma definição de doença mental que seja universalmente aceita. Ao contrário do que geralmente se imagina, quase todas as definições não têm uma aplicação imediata no tratamento dos pacientes. Na prática, o que importa é saber se uma determinada pessoa apresenta, ou não, um padrão de comportamento reconhecido como indicativo de determinada doença e, a partir daí, se há uma modalidade de tratamento validado pela comunidade científica internacional. As famílias não devem ficar alheias à questão das definições, pois muitas vezes a inexistência de um conceito de doença mental universalmente aceito dá margem ao surgimento de algumas propostas radicais e infundadas que negam a existência da doença mental. Também não há uma definição universalmente aceita de saúde cardíaca, mas ninguém nega as doenças do coração.

Os critérios de diagnóstico preconizados pela Organização Mundial de Saúde para se reconhecer uma determinada doença mental estão disponíveis para consulta. É com base nesses critérios que os médicos psiquiatras decidem se uma pessoa tem esquizofrenia, transtorno bipolar (psicose maníaco-depressiva), depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, etc.


O que é:

A Esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela desestruturação do pensamento, dificuldade de comunicação, isolamento e introversão, desagregação da personalidade e perda de contato com a realidade. O pensamento, a afetividade e o comportamento são comprometidos.

Os principais sintomas são: delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizado.


Como se desenvolve?

Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto, evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos tem uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.


Tratamento:

É muito importante que o tratamento comece o mais rápido possível. Às vezes não é possível tratar em casa, porque o paciente simplesmente não aceita que esteja doente nem qualquer medicamento.

Uma psicoterapia pode ser importante para a recuperação.

Tratar uma Psicose sem medicação tem entre outros riscos, o de cronificação.


Para a família:

Não adianta querer convencer o paciente de que suas cismas, alucinações, sensações de perseguição etc. não são reais. Se o paciente soubesse que o que ele está ouvindo, vendo e sentindo não é real ele não estaria em Psicose.


O que se sente?

Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação em diferentes graus dos sintomas abaixo:


  • Delírios: o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais sem lógica. Em geral são temas de perseguição.
  • Alucinações: o paciente percebe estímulos que na realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente.
  • Discurso e pensamento desorganizado: o paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa, demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma sequência lógica.
  • Expressão das emoções: o paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano.
  • Alterações de comportamento: os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.


*Pesquisa feita por um grupo de alunos da Escola Factum, no curso Técnico em Enfermagem, turma 103. São eles: Simone Nunes, Maiara, Maria, Bárbara e Rodrigo.