segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Pesquisadores chilenos desenvolvem teste para detectar Alzheimer e esquizofrenia



Cientistas chilenos avançam no desenvolvimento de um exame inédito que busca permitir o diagnóstico mais precoce e preciso de dois dos distúrbios mentais de maior impacto social e econômico: o Alzheimer e a esquizofrenia.
Hoje em dia não há nenhum teste específico que possa confirmar ambas doenças, cujo diagnóstico é alcançado após um longo período de observação clínica e, na maior parte do tempo, quando as condições estão em fase avançada.
A pesquisa do Instituto de Neurociência Biomédica do Chile concluiu que nos dois casos é possível detectar as doenças mediante análise dos movimentos oculares para a esquizofrenia, e da atividade cerebral no Alzheimer.
"Em nossas pesquisas descobrimos que os movimentos oculares naturais e seu reflexo correspondente nos sinais cerebrais são diferentes nos pacientes estudados e, por isso, importantes biomarcadores para estas doenças", explicou em coletiva de imprensa nas quarta-feira o médico Pedro Maldonado, que lidera a pesquisa.
No caso da esquizofrenia, o estudo conseguiu determinar que nos pacientes afetados houve uma redução da exploração espacial, quer dizer, não olhavam todos os lados de uma cena visual. Para o Alzheimer, foi detectada "uma notória diferença dos sinais elétricos que ocorriam no cérebro quando era produzido movimento nos olhos em comparação às pessoas saudáveis".
Com esses indicadores, os cientistas chilenos esperam desenvolver um teste específico que permite o diagnóstico precoce, o que pode retardar o declínio cognitivo em pacientes afetados por ambas doenças, cuja cura permanece um mistério para a comunidade científica internacional.
As intervenções precoces têm um maior impacto no tratamento dos sintomas associados a estas doenças. Elas também reduzem os custos associados ao cuidado e à qualidade de vida destes pacientes", explicou Maldonado.
A esquizofrenia é um transtorno mental que afeta cerca de 1% da população mundial. Os sintomas incluem discurso desorganizado e distúrbios de pensamento e de humor e comportamento.
Enquanto isso, a doença de Alzheimer é a perda neurodegenerativa da memória, cujos sintomas pioram gradualmente e que afeta mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo.

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