quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Estudo britânico pode aprimorar diagnóstico da esquizofrenia

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Pesquisadores britânicos fizeram uma descoberta que pode aprimorar o diagnóstico de esquizofrenia e levar a uma maior compreensão sobre a origem da doença no cérebro.
Cientistas do Imperial College London e do King’s College London avaliaram o cérebro de 56 pessoas com exame de tomografia por emissão de pósitrons (PET). Do total de voluntários, 14 tinham sido diagnosticados com esquizofrenia, 14 tinham alto risco para esquizofrenia e o restante era saudável.
O que eles constataram foi que, no cérebro de pacientes com esquizofrenia, existe uma atividade mais intensa de uma célula do sistema imunológico chamada micróglia. Esta célula responde a danos e infecções no cérebro.
A descoberta, publicada nesta sexta-feira (16) no “American Journal of Psychiatry”, sugere que a inflamação pode levar à esquizofrenia e a outros transtornos psiquiátricos.
“Este estudo corrobora um crescente conjunto de pesquisas que mostram que inflamação no cérebro pode ser um dos fatores que contribuem para uma ampla gama de transtornos – incluindo Alzheimer, esquizofrenia e depressão – e com este novo conhecimento, vem a esperança de tratamentos que possam mudar a vida de pacientes”, diz o professor Hugh Perry, do Conselho de Pesquisa Médica do Imperial College London.
Os resultados podem levar a formas de diagnóstico mais precoce e também contribuir para a descoberta de novas estratégias de tratamento, tanto para a esquizofrenia quanto para outros transtornos. (Fonte: Globo.com)
Entenda melhor o que é Micróglia
As células da glia, geralmente chamadas neuróglia, nevróglia, gliócitos ou simplesmente glia (em grego, γλία : “cola”), são células não neuronais do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios.
Geralmente arredondadas, no cérebro humano as células da glia são, aproximadamente, 10 vezes mais frequentes que os neurônios no corpo humano. Ao contrário do neurônio, que é amitótico, nas células gliais ocorre a mitose.
Por décadas, neurocientistas acreditaram que os neurônios eram os responsáveis por toda a comunicação no cérebro e sistema nervoso, e que as células gliais, embora nove vezes mais numerosas que os neurônios, apenas os alimentavam. Novas técnicas de imagem e instrumentos de “escuta” mostram que as células gliais se comunicam com os neurônios e umas com as outras. As células gliais são capazes de modificar esses sinais nas fendas sinápticas entre os neurônios e podem até mesmo influenciar o local da formação das sinapses. Devido a essa proeza, as células gliais podem ser essenciais para o aprendizado e para a construção de lembranças, além de importantes na recuperação de lesões neurológicas. Experiências para provar isso estão em andamento.
Micróglia
Micróglia consiste em macrófagos especializados, capazes de fagocitar, que protegem os neurônios. São as menores de todas as células gliais e correspondem a 15% de todas células do tecido nervoso.
Da micróglia fazem parte as células ependimárias.
Macróglia
Os tipos de células da macróglia são astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann, ambos formados a partir de glioblastos, que são células embrionais de derivação neuroepitelial. Por volta da quinta semana de vida fetal, ocorre o fechamento do tubo neural e a formação do sulco neural, a partir do qual se forma a primitiva medula espinhal, constituída de epitélio pseudoestratificado (estrato neuroepitelial). Ali, as células se multiplicam e se diferenciam em neuroblastos (precursores dos neurônios) e glioblastos. Quando cessa a produção de neuroblastos, os glioblastos migram pela camada de substância cinzenta (camada interna da medula espinhal), dando origem aos astrócitos, e pela camada de substância branca (camada externa), onde se diferenciam em oligodendrócitos.
Funções
As principais funções das células da glia são cercar os neurônios e mantê-los no seu lugar, fornecer nutrientes e oxigênio para os neurônios, isolar um neurônio do outro, destruir patógenos e remover neurônios mortos. Mantêm a homeostase, formam mielina e participam na transmissão de sinais no sistema nervoso.
As células de glia têm a importante função de produzir moléculas que modificam o crescimento de dendritos e axônios. Descobertas recentes no hipocampo e cerebelo indicam que também participam ativamente nas transmissões sinápticas, regulando a liberação de neurotransmissores ou liberando-os, elas mesmas, e liberando ATP que modela funções pré-sinápticas.
São cruciais na reparação de neurônios que sofreram danos: no sistema nervoso central, a glia impede a reparação (os astrócitos alargam e proliferam, de modo a produzirem mielina e moléculas que inibem o crescimento de um axônio lesado); no sistema nervoso periférico , as células de Schwann promovem a reparação. (Fonte: Wikipedia)

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